Eqipe

Patrícia Juwi

Estagiário de Direito

“Escolhi a área de direito porque é um curso benéfico para os indígenas, para qualquer indígena, pois posso estar lutando pela causa do meu povo, defendendo nossas pautas. Acho até que todas as aldeias deveriam ter alguém formado na área de direito para liderar a luta e ter um entendimento do que acontece dentro do poder público.”

 – Patrícia Juwi

 Patrícia Juwi é indígena do povo Amondawa e vive na aldeia Trincheira, dentro da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Essa terra indígena está localizada no município de Mirante da Serra, no estado de Rondônia, Brasil.

 Patrícia é a segunda estudante participante do programa de bolsas e estágios para estudantes de Direito Indígena da AmazoniAlerta. Ela é estudante do primeiro ano de Direito na Universidade São Lucas, em Rondônia, e planeja usar sua formação jurídica para promover e defender os direitos de seu povo. “Espero aproveitar ao máximo o conhecimento do Direito”, diz ela. Através de um estágio com a equipa jurídica da AmazoniAlerta, Patrícia está adquirindo uma experiência valiosa sobre a prática e a teoria da lei dos direitos indígenas.

 Patrícia é neta do grande cacique Tari Amondawa, e com ele aprendeu muito sobre as histórias e tradições antigas de seu povo, além da língua tupi kawahib.

Segundo Tari, chefe dos Amondawa.

 Ela tem 20 anos e, embora as mulheres indígenas tradicionalmente se casem e se tornem mães ainda jovens, Patrícia é solteira e não tem filhos porque quer estudar direito e explorar o mundo.

 Vive numa casa com a mãe, duas irmãs e duas sobrinhas. O pai faleceu há alguns anos e vivem numa família só de mulheres. Fluente em sua língua indígena e em português, Patrícia contribui para o sustento da família trabalhando como assistente de lingüistas que estudam os povos indígenas da família lingüística Tupi Kawahib.

 Recentemente, auxiliou na pesquisa com os dois últimos sobreviventes dos massacres do povo Piripkura, que também falam a mesma língua de Patrícia e viveram isolados até bem pouco tempo.